sexta-feira, 10 de maio de 2013

A Diva chegou...

Diva do Mês


Bom Dia Leitores (a)!

Como já dissemos anteriormente Hojeem dia  o que mais sentimos falta em muitas bailarinas é a IDENTIDADE artística.Muito se copia e pouco se cria. A  dança  da nossa Diva tem algo que prende a atenção do publico por que é um estilo só seu.


Com vocês...


Chrystal Kasbah


"De encher os olhos e o coração"

Ela é uma bailarina surpreendente e te faz sair da realidade enquanto á assiste. 
A primeira vez que ouvi falar de Chrystal foi quando passeando por ai me deparo na banca de revista com essa surpresa...!!! Opa não pensei duas vezes logo comprei. Revista + DVD Lulu Sabongi. 



Desde então comecei a seguir timidamente o trabalho dela, sempre assistindo os  seus vídeos fiquei feliz  quando ela foi campeã no Festival Nacional Shimmie 2011

 

 Em Primeiríssimo lugar no CIAD Solo Clássico Tradicional - Assista direto aqui ...


E pude contemplar esse talento ao vivo no Mercado Persa de 2012, fui, somente para assistir mesmo este festival grandioso e não perderia por nada o profissional Master. Queria  muito ver ao vivo e a cores tanto ela quanto Ana Claudia Borges ( um arraso) Chrystal estava concorrendo e fiquei la assistindo, torcendo, babando...




 Ate que no ano passado Festival Nacional Shimmie 2012 eu me deparo com isso... e melhor ao vivo, estava ali na plateia...



Há muito tempo que não me deparo com algo que  me emocionasse tanto. Estava em lágrimas assistindo.ENCANTAMENTO é pouco para expressar o que senti. Fiquei anestesiada. Valeu pela noite inteira, valeu a minha ida a São Paulo. O que vi de verdade foi de encher a alma e o coração. Foi a entrega , emoção, expressão de quem realmente sentia e amava de verdade o que se estava fazendo. Eu que já era fã passei a admirar ainda mais. Essa apresentação jamais saíra da minha mente e do meu coração.





                       


Histórico




Desde muito cedo pratica danças e várias outras atividades que veio acrescentar em sua trajetória como bailarina profissional, fez: ballet, dança contemporânea, jazz, dança de salão da qual também atuou como professora por sete anos, dança teatral, ginástica olímpica, também foi circense por quatro anos no Gran circ Norte Americano como bailarina e coreógrafa. Se profissionalizou com diversos professores do Brasil, Líbano, Egito, EUA, Argentina etc... Hoje atua como  Bailarina Noites no Harém e faz parte do quadro de professoras da Casa de Chá Khan el Khalili.






Entrevista com a Diva


1- EA: Como e quando você começou a dançar ?
    CK: Em primeiro lugar gostaria de agradecer o convite para esta entrevista. Fiquei muito feliz em receber seu convite. Obrigada!
    A dança no geral faz parte da minha essência desde sempre, tenho sorte de ter uma mãe que incentivou minha criatividade através da dança e da arte no geral. Pratiquei várias atividades na infância e nunca mais parei. Dei início aos estudos de dança do ventre em 1995 na cidade de Campinas na qual residi até 2010. Sempre fui apaixonada pela mitologia Egípcia e tive meu primeiro interesse aos 13 anos assistindo ao Filme Ali Babá e os Quarenta Ladrões, só mais tarde pude praticar essa arte,  tive uma professora em Campinas que logo se mudou sem referencias na cidade vim para São Paulo dando início à uma jornada incansável de estudos com professoras de minha confiança.



2-EA: Quais as diferenças que a Dança trouxe para sua vida?
   CK:A dança é algo que completa meu ser, não consigo me ver sem ela nem por um segundo. Ela vai além, é o sentido do meu viver, a expressão da minha alma é aquilo que palavra alguma conseguiria expressar. Pra mim só a dança consegue colocar sentido à meu universo. Hoje ela é minha paixão, meu trabalho, minha fortaleza. Claro que nem sempre foi assim, afinal viver de arte no Brasil é muito difícil e inúmeras vezes pensei em desistir, mas sempre fui uma pessoa corajosa e quando acredito vou até o fim, com foco e coragem nada é impossível.


3-EA:A Dança do Ventre sempre foi sua profissão, ou você teve outras antes dela? Como foi esta transição?
  CK:Por um longo período fui empresária, tinha uma Serralheria/Caldeiraria junto com meu pai, e cuidava da parte administrativa. Embora não fosse um trabalho dos meus sonhos, valeu pelo fato de anos mais tarde ter tido uma escola de dança, dessa vez como empresária e professora, só que muito mais feliz.

4- EA:Se você pudesse definir a Dança do Ventre em uma frase seria?
   CK:A dança do ventre é a minha religião, com ela consigo estar mais próxima de Deus.
 

5- EA:Quando você tomou a decisão de ensinar? Quais são suas maiores alegrias ao ensinar?

   CK:Dar aulas aconteceu de uma maneira muito natural. Quando conheci a dança do ventre, foi amor instantâneo, me destacava em sala de aula afinal estudava 24 horas por dia, montava coreografias, pesquisava tudo, algumas vezes substitui minha primeira professora, hoje vejo que isso foi precoce, mas foi exatamente assim que aconteceu.


 Claro que percebendo meu dom, corri atrás para fazê-lo da melhor forma possível.  Com essas substituições percebi que dar aulas é completamente diferente de apenas dançar é uma responsabilidade muito grande, pois implica não apenas ensinar o outro, mas entender suas dificuldades, seus limites, ser um pouco psicóloga, mãe, mais do que isso, é literalmente educar sua aluna que sem sobra de dúvidas passa a ser a extensão da professora no que tange a maneira como ela enxerga a dança e todos que estão a sua volta.
   Minha maior alegria em ensinar é quando vejo minhas alunas dançando com emoção, fico orgulhosa de ter plantado uma sementinha em seus corações. Ultimamente venho chorando muito, mas é de alegria. Mas confesso não ser uma professora tipo boazinha, aquela em que pode tudo. Procuro ensinar da melhor forma possível, não importando o motivo da aluna estar fazendo aulas, se é para se tornar uma profissional ou apenas como diversão. Se está em minha sala de aula faço questão que a aluna aprenda direito.

6- EA:Suas coreografias vem ganhando destaque. Tem alguma dica para aquelas que querem se aventurar em coreografar?

      CK:Eu simplesmente adoro montar coreografias, acho que o segredo é mais ou menos esse.
      Com apenas seis meses de dança apresentei em uma festa da escola duas coreografias de minha autoria, lembro que foi uma percussão de 7 minutos e uma moderninha do Hakin. Claro que um tempo depois, descobri várias falhas, mas foi minha primeira alegria como aluna. Daí nunca mais parei.







      A dica é: Você tem que montar uma coreografia em que você acredite, com o estilo que você goste com amor e tudo vai saindo.
   

7-EA: Sua apresentação no Festival Nacional Shimmie em 2012 emocionou á todos ( ja li suas impressões sobre ela na Revista Shimmie) ainda resta algo que você gostaria de comentar?


      CK: Foi uma das minhas maiores satisfações
ter participado desse festival, nele tive a oportunidade de colocar pra fora todas as emoções, meus sentimentos, minha essência fiz uma viagem em forma de dança e fiquei muito feliz em saber que as pessoas entenderam o recado.
        Sem sobra de dúvidas foi um momento muito especial em minha carreira. Desenvolvi esse trabalho com muito carinho mas sinceramente não imaginava que as pessoas iriam gostar tanto.
        Devo muito à Shimmie Ampliando Conceitos pelo fato de fazerem parte da minha história e pela oportunidade de apresentar meu trabalho.
        Minha gratidão será eterna!

8- EA-Você recebeu o certificado e reconhecimento padrão Khan el Khalili em 2008. O que te levou a tomar a decisão de passar por esta avaliação?
CK: Embora a maioria das minhas referências sempre tenham sido da Casa de Chá, por um longo período não tinha pretensão de prestar a seleção. Passar por uma banca com bailarinas de renome que tanto admirava fazia minha espinha arrepiar. Meu foco era minha escola, na qual tinha que administrar e dar aulas, aliás dar aulas sempre foi minha maior paixão. 
Um dia uma amiga e também professora da minha escola, me chamou para participar do selo, dizendo que pelo menos faríamos companhia uma pra outra. A princípio, relutei um pouco, mas resolvi encarar. Sabia que teria que me dedicar ao máximo. Desde então dei início a uma jornada incansável de estudos com um grande investimento em aulas. Tirei todas as minhas dúvidas possíveis e inimagináveis fui para a banca morrendo de medo.
Lembro até hoje que eu e meu marido ficamos hospedados na véspera em um hotel próximo da KK. Quase não dormi de ansiedade. Saímos cedo para não correr o risco de atrasar, mas qual foi a surpresa? Estava tendo feira-livre bem no meio do nosso caminho. Fomos desviando, desviando e nos afastando cada vez mais, o fato é que quando cheguei ao Khanel Khalili a pessoa que iria dançar antes de mim, já estava no meio de sua banca e euzinha não havia me trocado ainda. Foi um sufoco, não sabia se tirava a roupa da mala ou a minha roupa primeiro. Felizmente acabou dando tempo certinho(nunca havia me trocado tão rápido) quando fui chamada: "- Chrystal você é a próxima!". Gelei e fui por aquele corredor do Harém(nesse dia ele estava mais longo) dizendo, meu Deus o que estou fazendo aqui ???
Quando a música começou a tocar, percebi o quão importante foi todo meu esforço, valeu cada aula e cada centavo investido e acabou sendo tranquilo, senti meus pés na música, lembro dos olhares, lembro de tudo! E deu tudo certo. Hoje posso afirmar que foi uma das minhas maiores emoções quando recebi o padrão de qualidade Khan el Khalili.
Após isso qual seria meu maior sonho? Sim, dançar naquela casa mágica!
9 - EA: Desde quando você passou a ser uma bailarina do quadro da casa? (Porque receber o certificado não quer dizer que você irá ser uma bailarina da casa correto?)
CK: Sim, inclusive isso está no site, não é garantia nenhuma você passar para o quadro de bailarinas pelo fato de ter o selo. 
O fato é que dançar na casa de chá acabou virando o maior sonho da minha bailarina.
Até que um dia o Jorge Sabongi me disse: "- Chrystal, manda suas datas para esse e-mail" e anotou em um papel na recepção da KK. "Só que tem que ser até 00:00 do dia de hoje!".
Cheguei em minha residência minutos antes das 00h e mandei feliz da vida minha primeira escala. Isso aconteceu depois de um ano após receber o selo. Então virei estagiária da casa. 
Após mais um ano recebi o convite para ser professora do Khanel Khalili e fui indicada para fazer o teste de bailarina Noites Harém. 
Foram sonhos realizados além das minhas expectativas. Agradeço muito á Deus por isso!
10- EA: Você participa de muitos concursos, o que te leva a ir concorrer? O que é mais importante?
CK: Para falar a verdade, não gostava de competições, por medo, medo de me expor, medo de perder, medo de decepcionar...
Meu marido me disse: "- Na Dança de Salão, por exemplo na Salsa só os melhores competem, se na dança de salão é um complemento profissional, porque na dança do ventre não poderia ser ???"
Depois dele insistir muito, participei em 2009 no Solo Profissional no Mercado Persa, não fui classificada. Quase morri, aquela sensação de derrota foi terrível. E disse pra mim mesma. "NUNCA MAIS !".
Em 2010 lá estava eu novamente, mas dessa vez consegui ficar em 3o Lugar e fui pegando gosto pela coisa.
Hoje vejo competições como forma de me aprimorar e trabalhar minhas emoções.
Em um apresentação, se você cometer erros, tudo bem, provavelmente o público nem irá perceber ou se importar. Numa competição, um deslize por menor que seja, com certeza não passará desapercebido pelos jurados e principalmente pelo público que te assiste com um olhar crítico, muito diferente de uma apresentação.
É uma forma de colocar à prova toda sua capacidade como bailarina.
Evidentemente que todos querem ganhar, mas independente do resultado, o que importa são os estudos, os ensaios, os treinos e o quão evoluiu minha bailarina nessa preparação.
Você tem que estar preparada para aceitar e aprender com uma possível derrota.



Este Ano de 2013 ficou em  2o Lugar Categoria Master Mercado Persa



Dançando a Clássica das Clássicas



Já falei o quanto ela é linda?



De quanto eu gosto do seu trabalho com véus






Adoro essa áurea de Mistério que a Crystal transmite dançando






Chrystal eu te agradeço pelo carinho e pela confiança, saiba que realizei este trabalho com muito carinho. Admiro sua dança, seu trabalho e agora ainda mais depois de descobrir um pouquinho mais de você. Te agradeço pela atenção e bondade de nos conceder um pouco do seu tempo e se dedicando em responder a entrevista. Eu lhe desejo tudo de melhor que possa existir. muito sucesso na sua vida, na sua carreira, no seu trabalho. Que Deus abençoe sua vida, suas alunas, sua dança á cada dia mais e mais. Obrigada por nos agraciar com seu talento, sua alegria. Um Bjo Muito Grande de toda equipe do blog.
E ainda resta algo á dizer sim por tudo isso ela é uma Diva !!!

De sua fã e admiradora:

Jéssica Assis


Saiba mais...

Mais vídeos acesse o Canal de Chrystal no YouTube aqui
Facebook: chrystalkasbah
Email: chrystalkasbah@yahoo.com.br
Local para aulas regulares: Khan el Khalili
cel. 11 96438-6490

3 comentários:

Moninha disse...

Jéssica!!! Que excelente entrevista. Sou aluna da Chrystal Kasbah na Casa de Chá Khan el Khalili e posso afirmar que ela realmente é incrível: como bailarina, como coreógrafa, como professora e como pessoa. A cada aula a admiro mais. Ela é especial e merece todo o sucesso e carinho que tem. Grande beijo. E parabéns pelo blog! Adorei!!!

Jessica disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Jessica disse...

Moninha que bom que você gostou!!! Parabéns por vc ter escolhido uma excelente profissional para te ensinar essa arte maravilhosa, você é privilegiada por estar ao lado dessa mulher maravilhosa que eu espero um dia conheçer. Obrigada nos visite sempre, será uma honra.