domingo, 29 de janeiro de 2012

Compartilhando

Vamos compartilhar aqui um post da Bailarina Luciana Arruda .Lulu Sabongi já tinha explicado sobre sua situação em seu blog:
http://lulushangrilahouse.blogspot.com/2011/12/num-tempo-de-quietude-forcada.html

Mas  confesso que as palavras  e texto de Luciana foram como águas calmas para todas que admiram o trabalho desta bailarina sem igual :

Lulu Sabongi - Indestrutível


Quando alguém chega ao status de ídolo, dificilmente se mantém no limbo dourado do sucesso e fama.
Podemos contar nos dedos os grandes ídolos, ícones mundiais.
Madonna tái, e ninguém chega aos seus pés.

Quando pensamos na Dança do Ventre, em termos mundiais, temos nossas favoritas... mas se falando em Brasil, não tem jeito: só um nome impera: Lulu Sabongi.

Em seus mais de 25 anos de carreira, a bailarina confundiu-se com  a mulher, o mito, e temos histórias e histórias acerca dessa bailarina que há muito tornou-se Diva.

Sem travas na língua, misturou pessoa privada e pública, expôs vida pessoal, mostrou a mulher, a mãe, a ferida, a guerreira e entre técnica e emoção, jamais se desvencilhou do próprio coração.
Eu já escrevi sobre ela aqui no blog, já elogiei, já critiquei - muitos não entenderam - mas é fato que também aprendi a ser fã: sabendo separar a pessoa da diva, porque sem isso, a decepção aparece- como em todo e qualquer mortal.

Seus giros e seus movimentos com o véu são meus referenciais de estudo.
Sua dança já foi mais passional, seu shimmie mais solto e gostoso de ver, seu cabelo mais natural e bonito, sua barriga menos ''plastificada''. Já teve atitudes que bombaram no meio virtual e real, coisas boas, outras nem tanto.Mas, é fato: não tem como, não consigo parar de desgostar e gostar dela.

E, me surpreendi em Dezembro passado ao ver uma foto em que ela estava de muletas.


Dias depois, vi no vídeo de encerramento do espetáculo de sua escola uma Lulu serena e resignada, porém, nenhuma palavra sobre o porquê de estar usando muletas. 

Transparente como sempre foi, fiquei ainda mais preocupada em não ler, não saber, não ver nada publicado acerca do porque das tais muletas. Vasculhei tudo, e nada encontrado.
Somente algum tempo depois, ela publicou um texto - a emoção e a paixão voltaram, oba - em seu blog pessoal e pude entender e lamentar e preocupar-me ainda mais com o que li.

Ela explicava sobre a operação do joelho, dias antes do espetáculo de sua escola e da necessidade de recuperar-se em tempo para cumprir a agenda.
Pensei: ela só pode estar brincando.
Quem, quem de nós mortais, se recupera de uma cirurgia - ainda mais no joelho - e em pouco mais de um mês já quer dançar e fazer show?

Me preocupei com o senso comum que diz: ''machucado mal curado, machucado a vida toda.''
Ai!

Mas eis... que ela retorna.
Feito Fênix.Feito Diva, ocupando seu lugar de direito.



E pouco mais de um mês pós cirurgia, dá aula e dança, num show impecável, num lugar impensável: Israel
.

Essa mulher já deve ter uns 5 passaportes, já tem percorrido quase todos os continentes com a Dança, feito uma cigana moderna.E nós aqui, nos preocupando com nomenclatura, traje, mensalidade, fuxicos, fofocas de Msn e facebook.... e ela? DANÇA! E segue em frente... ''Os cães ladram e a caravana passa...''

Nesse vídeo tem a dança dela, pós joelho operado - mas a visualização não é boa.


 No link abaixo, se você avançar direto para os 00:59:29 poderá ver em alta resolução, é bem melhor e dá pra ver de pertinho as expressões, movimentos, é um vídeo de excelente qualidade!


As expressões - inclusive quando ela tira sarro de si mesma, brincando com a dor no joelho, enfim, ver e ter a noção de que essa mulher, a despeito dos defeitos e deslizes, é INDESTRUTÍVEL.
Em tempo: nessa dança ela está sublime, como há muito tempo eu não via e sentia.

Independente as incoerências e pisadas na bola- e quem não as tem? inclusive eu! - eu reconheço a força e determinação, e esse post é merecimento. Viva Lulu!



*Site oficial:
www.lulusabongi.com.br "



Texto oficial: Luciana Arruda

http://luciana-arruda.blogspot.com/

A dança do ventre é para TODAS as mulheres

O tema deste post  é muito discutido entre as bailarinas, porque o preconceito ainda é muito grande.
Na verdade isso acontece no mundo como um todo e não apenas na dança do ventre.As pessoas tem que entender que a dança do ventre se diferancia de muitas danças pois é uma dança que representa um povo e seus costumes.A maioria das mulheres (e isto é fato) vive preocupada com o ponteiro da balança e, muitas vezes, deixa de aproveitar a vida com tanta cobrança para estar sempre linda e desejável.Devemos pensar que a dança do ventre feminina é feita com vários intuitos, na minha opinião  o principal deles é o trabalho de elevação da autoestima da mulher. Ou seja, fazer com que as mulheres entendam que são belas, mesmo sendo "volumosas" magras, altas ou baixas .Se existe dentro de cada mulher que não conhece mas que gostaria de aprender a dança do ventre : não deixem comentários desagradáveis te desmotivar  porque na grande maioria das vezes, são comentários de pessoas que desconhecem a esta dança e sua cultura,seus pricípios.Eu já notei que que quando isto acontece na grande maioria das vezes, são comentários de mulheres que na verdade queriam estar no palco  e não tem coragem.
 Um dia,essas tristes pessoas vão perceber o quanto estão erradas e seus preconceitos são totalmente sem razão.
Quando puderem dêem uma olhadinha: /http://belezaemcurvas.com.br/plus/ achei o máximo este blog.
Pois é minha gente,a  dança é e deve ser para todas as mulheres, sem distinção de cor, altura, peso, idade,padrões estéticos.Querem um exemplo de mulher bem sucedida ( na minha opinião) ,e que para muitos talvez não se encaixe bem em padrões criados de sua pofissão (e que está pouco se lixando para opiniões): Flúvia Lacerda.
Flúvia Lacerda é modelo Plus Size (manequim GG). Considerada uma das mais bonitas do mundo, há três anos estrela campanhas da agência Elite, nos Estados Unidos. Dona de uma beleza exótica, Flúvia já fotografou para revistas de diversos países e estrelou centenas de campanhas de moda, onde cada curva de seu corpo foi apresentada tão perfeitamente quanto as das modelos magra e chega a faturar cerca de 20 mil dólares (cerca de R$36 mil) por dia em campanhas publicitárias e desfiles.
Bom só citei o exemplo desta mulher super assumida e resolvida com seu corpo para dar início a este post...um aviso importante: SE ACASO ACHAREM SEM NOÇÃO, DE MAU GOSTO OU OFENSIVO, MUDEM DE BLOG. Não deixaremos de tratar temas cotidianos só por medo das opiniões.A dança do ventre é (repito novamente ) para todas aquelas que querem aprender,conhecer e vivenciar esta magia  independente de altura,cor,peso,nacionalidade. Ser bem resolvida com seu corpo,sua mente é a verdadeira razão para ser feliz e bem sucedida em qualquer ramo da sua vida.
Padrões estéticos ou não, são criados pelas pessoas que acham que o mundo não é feito de diversidades.Ignorantes acham que a dança do ventre não pode ser particada por  estar fora de padrões.  Se você se empenha, gosta do que faz, algo bom acontece, nós é que estragamos quando não nos consideramos capazes.  Já pararam para pensar que culturalmente, as dançarinas do ventre do oriente são mais gordinhas,pois  os árabes valorizam as mulheres “avantajadas”, é uma questão cultural: sinal de saúde, nobreza e que ela seria uma ótima mãe.  Cito só para vocês relembrarem um pouco dos benefícios psicológicos da dança do ventre:  
- Desenvolvimento imediato da auto-estima: a mulher passa a observar e perceber que tem diversas qualidades que talvez nunca tenham sido trabalhadas;
      - Aflora a feminilidade tornando-a mais sensual, sem resquícios de vulgaridade;

      - Promove na mulher a aceitação de si mesma como ser encantador, diferenciado e belo;

      - Desenvolve a agilidade mental, concentração e atenção tanto na música quanto nos movimentos.

      - Estimula a criatividade;

      - Através de seqüências e laboratórios/dinâmicas trabalhamos a percepção sensorial. Isso cria uma sensibilização na mulher, de forma que sua leitura musical é decodificada através de movimentos precisos e que a colocam em contato com seu interior, suas próprias emoções;

      - Desta mesma forma, a timidez que muitas vezes atrapalha o processo de aprendizado é trabalhada aos poucos, possibilitando melhoria nos relacionamentos;

      - Alivia o stress do dia-a-dia através do contato de grupo pela troca de experiências e informações, o que desenvolve a capacidade de sublimar os desafios.
 Sábias as citações da balarina,professora e coreógrafa Nagla Yacoub para expressar extamente o que pensamos sobre este assunto,reflitam:
"A beleza da mulher deve avaliar-se não pelas proporções do corpo, mas pelo efeito que estas produzem.
A beleza nao está na cara e no corpo.
A beleza é uma luz no coraçao EXUBERÂNCIA E BELEZA.
A Melhor que ter uma grande BELEZA,é ter um grande CORAÇÃO."

É fato que,para algumas mulheres, se imaginar com uma roupa de dançarina do ventre, se apresentando com charme, sensualidade e elegância, pode ser difícil de se concretizar,mas já pararam para pensar em  todas as coisas incríveis que nosso corpo nos ajuda a fazer?

Dançar é uma delas, a dança nos proporciona o sentimento de liberdade e com certeza vocês irão repensar sobre isto com exemplos de bailarinas tão graciosas como estas:









          
 
                                                   

                                               
  
                           

Louvada seja a dança, não?, que nos dá a sensação de viver algo novo e inovador,sendo quem realmente somos...Simples assim. Quando tive a vontade de fazer este post me faltou palavras e inspiração (na verdade estes videos acima vieram depois...),mas ao assistir uma apresentação da bailarina Mayara Silveira (Campina Grande-PB) me aflorou muitas idéias....  

        
Pois bem pessoas, entrei em contato com ela, trocamos umas "prosas" e Mayara se mostrou muito prestativa.Me enviou por email este depoimento que não pensei duas vezes para postá-lo:

"Olá! Eu sou a Mayara Silveira, tenho 23 anos e pratico dança do ventre há seis. Sempre tive paixão pela dança e isso me levou a buscar aulas e realizar um sonho que era dançar.
Nesse período vivenciei muitas coisas boas e ruins, desafios e obstáculos. O corpo foi um deles, no início a timidez e a baixa estima faziam com que eu tivesse vergonha de mim mesma, mas com o tempo eu fui percebendo que isso não tinha lógica, que eu precisava colocar duas palavras na minha vida: ACEITAÇÃO e AMOR. Aceitar e amar a mim mesma, ou então jamais seria feliz.
A luta contra a balança sempre foi o calcanhar de Aquiles para perder os quilinhos que sobram. Isso é uma meta, é o que quero fazer, mas enquanto o resultado não chega eu vou me amando do jeito que sou, afinal as gordurinhas não influenciam na essência da dança, é somente estética.
O mundo foi feito para todas e a dança também. Existem por aí muitas bailarinas internacionalmente famosas e que são gordinhas, um exemplo delas é Aida Nour.
Muitos vão concordar e outros não, mas de fato é isso mesmo. Uma mulher bem feita é linda? É sim!
 Uma mulher gordinha é linda? É sim. Todas têm sua beleza, qualidades e defeitos que resultam na sua essência e personalidade.
Hoje sou professora, bailarina e coreógrafa de Dança Árabe. Além da dança pratico atividades físicas regulares com uma dieta balanceada para perder os quilinhos que estão sobrando, não porque os outros falam, mas porque isso me faz bem. Hoje devo todo o amor que tenho à dança, ela me mostrou caminhos, alegrias, tristezas, problemas, soluções e muita vida.
Não existe uma receita pronta para ser feliz como bailarina, busque o seu interior, o que você sonha e quer na sua vida.
Depois de um tempo você vai perceber que o essencial é invisível aos olhos e que ele vive na sua alma, nos seus sentimentos e no seu coração. Mais informações sobre o meu trabalho:
Blog: http://mayarasilveiraa.blogspot.com"


Obrigada pela colaboração Mayara,desejo que seu caminho brilhe sempre.E para todas aquelas que desejam aprender a dança do ventre um conselho: Você só será um vencedor se acreditar em você mesmo (Ayrton Senna) .Até o próximo post gentens.......Bjooocas a todas e todos também.


Texto: Mayara Silveira

Adaptação e elaboração: Maryah Nogueira






quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A dança, fusões e coisa e tal.....

Escrever sobre certos assuntos voltados á dança requer tempo pra pesquisa, não é só ctrl+c  e ctrl+v.
 Antes de mais nada preciso esclarecer que:  para publicar este artigo , fiquei com bastante receio de ofender alguém ou publicar algo sem nexo, mas graças á uma saudável discussão via facebook encontrei as palavras certas que tanto procurava em pessoas  entendidas do assunto: Brigitte Bacha (coreográfa, professora e diretora da Cia Brigitte Bacha e divulgadora do folclóre  árabe em Minas Gerais),Raquel Campolina (bailarina atualmente  do estilo Bellytango),Surrenda ( Bailarina e professora  do estilo Tribal  Fusion e dança do ventre)  Priscila Patta (coreográfa e bailarina com carreira internacional,criadora do estilo Raks Jam Fusion que; mescla movimentos dança árabe e comtemporânea) e Thalita Menezes (professora,coreográfa,bailarina,estudiosa e divulgadora principalmente do estilo fusões).......Todas aqui de Minas: ê orgulho né???
Bom, a seguir tratarei aqui de um assunto muuuuuuuuuuito  importante no meio da dança: As fusões.
Queridos leitores e leitoras tenho aproximadamente 5 anos e meio que estudo (sim, quando você decide que quer aprender a dança do ventre, você se torna uma aprendiz eterna......pode se ter anos de experiência de palco,mas a cada dia um novo aprendizada.Existe que acha que já sabe tudo,não precisa se aperfeiçoar,estudar..enfim...) e estou LONGE de ser uma bailarina éxima,tenho inumeros pontos fracos como dançarina, não me acho a tal,mas uma coisa eu afirmo: fusão não é o meu forte.Vejo muita bailarinas se arrisacando nesta idéia sem antes ao menos fazer uma prévia pesquisa do tema a ser dançado....E o que me deixa mais frustada ainda  é discutir este assunto com gente que não entende do assunto e ainda por cima acha que esta arrasando....Podia citar exemplos aqui de fusões mal feitas e bem feitas,demonstrar com vídeos, mas não é este o meu objetivo com este post. 

" A fusão que não funciona é a fusão sem estudo. Concordo plenamente com vcs e era nesse ponto que queria chegar. A alguns anos vi na em um  programa de tv , uma bailarina que já ganhou concursos fazendo um bellysamba. Pois bem, ela apareceu com a roupa de dança do ventre um penacho na cabeça fazendo alusão ao samba e ao soltar a música ela dançou dança do ventre e em determinado momento apenas deu uma "sambadinha" e recomeçou a dançar dança do ventre. Fiquei p. da vida, mas continuei a assistir o programa , pois ela havia anunciado que faria ainda uma fusão com o tango, a fusão que mais me agrada, portanto, fiquei aguardando imaginando que agora sim poderia vir uma fusão de fato. POis bem, quando penso que não ela apenas tira o penacho da cabeça, chama um parceiro, dança um tango clássico e pronto acabou a apresentação. Aí minha revolta, como uma bailarina, vai em rede nacional, em um programa de alta visibilidade e tem a capacidade de apenas dançar uma das modalidades sem fusão alguma e diz que aquilo é uma fusão com td certeza?! Honestamente achei até desrespeitoso para com td a classe da dança do ventre que trabalha e estuda pra realizar um trabalho de qualidade. Pouco depois encontrei seu vídeo no you tube dessa apresentação e qdo comentei, visto que se postou no you tube, deixou livre os comentários eu não estava errada, enfim, qdo comentei sobre a sua "fusão" Tive o comentário apagado por seu empresário e fui desrespeitada e ofendida na página por não ser "fã" do trabalho da mesma. Então é isso... fusão não é simplesmente vestir o figurino mesclado de ambas danças e não ter técnica, mto menos estudo sobre ambas. Acho que quem a pratica dessa maneira, desrespeita o bom profissional denegrindo sua imagem e seu trabalho." (Raquel Campolina)

É minha gente este talvez seje o assunto de maior interesse de muitas bailarinas,professoras,afins....fusão para mim como a própria palavra diz: fundir algo com alguma coisa...no caso da dança é o momento em que a/o bailarina (o) pode ousar,se libertar,criar...mas vamos ser sinceros precisa estilo gente,não adinata criatura achar que está arrasndo e não investir em expressão,figurino,movimentos apropriados,energia...ai,ai,ai..não é só colocar um traje de dança,uma música ao fundo e dizer: belly "alguma coisa" ou fusão "etc e tal"....E o respeito com o público,consigo mesma,com a dança que está representando? 
" Eu adoro fusões e adoro um clássico. Acho q a fusão nasceu dessa necessidade de deixar o show de DV mais versátil. Mesmo quem não é profissional sabe q grande parte do público q assiste dança do ventre é leigo. Daí a ideia de fusionar danças pra tornar o show mais atrativo. Mesmo pq a ideia da fusão num é tão nova assim. Não se sabe mais o q é fusão, dv e tribal. Certa vez vi uma discussão sobre um concurso de grande porte aqui no Brasil em que ficou meio que indignada por que algumas meninas ganharam na categoria fusão quando na verdade elas fizeram dança do ventre numa música q não era de DV. É preciso ter muita cautela no que você quer mostrar por ai e estudar neh. Sem estudo nem a DV fica boa quanto mais a fusão. E acima de tudo ter bom senso e não se aliar a ideias só por modismo. As fusões existem pra deixar nos shows ainda mais bonitos e não pra ser motivo de vexames" (Surrenda)

Já achei tantos nomes e tantas fusões que fico me perguntando aonde vai tudo isto: bellysamba,bellyrock,fusão pop,hip hop fusion...não sou contra adança em si,não é o estilo que sigo ou estudomas respeito que tem foco e a trajetória voltada a esta modalidade de dança....confesso que já assiti muitas interessantes( etáe até danças  que não tinham nada com dança árabe ou derivados).
"Sou uma bailarina de fusões...mas ás vezes me pergunto:ser bailarina de fusão tem que saber dancar tudo? De uma certa forma nos levar a crer que sim. Temos que ter conhecimento do que vamos fundir. A nivel do quanto queremos fundir. Tenha uma experiencia maior no estilo de dança base de sua fusões. Saber muito sobre 2 dancas, ou dancar muito estas 2 dancas NAO QUER DIZER QUE SAIBA FUNDIR BEM UMA SOBRE A OUTRA. Para ser bailarina de fusão, o principal e ter gosto de fundir e nao fundir porque esta na moda...As fusoes, assim como todas as dancas... a arte, aconteceram e acontecem de forma natural. Um processo evolutivo da sociedade de acordo com o contexto que esta inserida.Fundir eh muito mais uma questao de gosto, paixao, satisfacao em fundir... em se libertar, em explorar o proprio corpo da maneira que desejar.Como nomear as fusões? Ás vezes é  dificil nomear por não ter os estilos muito bem visiveis e definidos…
Um toque: Reflita se aquela dança ali nao esta traduzindo o próprio estilo da bailarina, em que não precisa necessariamente de um rótulo. Estilo é estilo! Não  temos obrigatoriamente que decifrar, muito menos copiá-los.
  É importante sua coreografia ter um nome. Uma especie de tema, que traduza a sua intencao. Isso facilita nao soh para o publico entender sua danca, mas para voce mesmo se nortear dentro dela.” (Thalita Menezes)

"Gente, que tudo,tô adorando essa discussão, concordo, odeio fusão mal feita, me incomoda profundamente: fazer fusão sem estudar o estilo fusionado é uma falta de responsabilidade, criar coreografia em musica sem saber o que significa também, precisamos estudar mais, pesquisar mais, praticar mais, mas com responsabilidade.
Toda essa conversa me lembra o meu professor Arnaldo Alvarenga, nossa como queria saber a opinião dele sobre isso, mas quando fiz o curso de pedagogia do movimento, cheguei lá extremamente acanhada e morrendo de vergonha, afinal eu era a unica do grupo que estava ali e que dançava dança do ventre, nunca tinha feito ballet, enfim, tinha vergonha dos meus colegas(quase todos eram 
diretoras das escolas de dança de ballet de Belo Horizonte), e nas discussões da turma, ele sempre falava da emoção de dançar, e da força de uma dança feita com emoção, e era muito comentado nas matérias sobre bailarinos que quebraram regras e transgrediram á sua época, por exemplo: Isadora Duncan, Considerada a pioneira da dança moderna, causou polêmica ao ignorar todas as técnicas do balé clássico.Hoje em dia eu penso, técnica é necessária? é Claro, mas a emoção é prinicipal numa dança, quando vejo uma dança que não me passa nada, meu amigo, não interessa se tem técnica, se é clássica se é contemporânea ou qualquer coisa muito importante, por isso eu penso primeiro em emoção, me irrita ver uma menina linda com um figurino lindo, fazendo uma coreografia inpecável, mas sem emoção, é isso, não importa o que está dançando tem que dançar com emoção, a emoção convence, por incrivel que pareça na aula de encerramento desse curso os meus colegas me pediram para fazer uma dança do ventre (morria de vergonha da minha falta de técnica de ballet), dancei sem preparar nehuma coreografia de improviso na hora, e para minha alegria alguns colegas choraram de emoção, aí fiquei me questionando o que eu fiz demais, estava confusa morrendo de vergonha, mas aquilo foi um grande aprendizado pra mim, dentro de um ambiente que era extremamente estranho para o meu mundo, a minha dança emocionou, não falava a mesma linguagem, mas na emoção toquei, é isso gente, primeiro temos que colocar a alma para dançar, não tentar fazer as coisas só para impressionar ou para chocar, depois vamos pensar na harmonia, fusão exige harmonia, acho que tudo pode ser fusionado, mas se não tiver harmonia e bom gosto mas fusionar, não adiante, pode colocar melancia na cabeça, não convence. Depois disso comecei a trabalhar um pouco de fusão e o primeiro trabalho que eu fiz, falei com o Arnaldo que era graças a ele que tive coragem de dançar aquilo, tinha medo de estar difamando essa musica, ou de estar confundindo, mas acho que pra mim foi uma das danças que mais amei dançar, espero que gostem também,transgredindo que as pessoas podem encontrar um novo caminho, mas temos que ter cuidado, que nem sempre acertamos de cara, as vezes tem que quebrar a cara, mas não pode parar com medo da critica, precisamos ter coragem, podemos errar mas podemos ter a surpresa de acertar em cheio" (Brigitte Bacha)

Reflexão sobre o que se quer da vida, sobre o que se está estudando,sobre suas metas como eternas aprendizes da dança em geral: ESTUDEM,PESQUISEM E TENHAM ESTILO PRÓPRIO ..cópias tupiniquins estão por todos os lados...Fiz um workshop com a bailarina Nagla Yacoub no ano passado (2011...) e depois de uma prosa muito boa fiquei muito encantada com com sábias palavras ditas por ela mesma: " fico maravilhada com as bailarinas de Minas...Vcs tem estilo próprio e muita qualidade de dança...Vejo isto por toda a parte onde vou ....bailarinas estão todas iguais,dançando igual,mesmas expressões e gestos próprios....sem estilo,sem sal....
Estou aqui com muitos assuntos bacanas a serem postados,mas vou atrás de fontes,opiniões para bolar  um texto próprio. No mais até a próxima pessoas...arrasem neste mundão lindo da dança,invistam em vocês se assim desejarem,estudem..criem se libertem....  E vivam a Dança.....


Maryah Nogueira

A dança, o ventre e você ...

Quando tomamos a decisão de fazer algo novo,que não conhecemos, primeiro vem a ansiedade e depois o medo...com a dança não é diferente,muitas alunas e alunos desistem logo nos primeiros meses de aula por achar que jamais aprenderão os movimentos.A dança do ventre não é fácil de aprender, não se aprende de um dia para o outro. Seus movimentos são sinuosos e na maioria ondulatórios, mas para que seu corpo te acompanhe á ela, você precisa ter VONTADE de aprender, INTERESSE, e acima de tudo PERSISTÊNCIA.

"Quando comecei minhas aulas de dança, minha professora - Shahrazad -dizia que meus braços pareciam cabos de vassoura... Eu via os braços dela, e me encantava com aquela graciosidade a tal ponto, que foi impossível abandonar as aulas. Pensava comigo, "nenhum bebê nasce sabendo, com certeza ela também teve seu período de aprendizado, por que não eu?"
Por diversas vezes, pensei em desistir, mas um bichinho dentro da minha cabeça de menina dizia, "você gosta tanto disso, fica só mais um pouquinho vai!"
Assim eu fui ficando, e, devagar fui descobrindo onde estavam minhas travas, aprendendo a abrir os ferrolhos e colocar lubrificantes nos lugares enferrujados, até que aquele corpo novo, mas muito duro, começou a se mostrar um pouco mais maleável.
Sinto que ao tomar contato com a dança todas nós percebemos o quanto não somos donas de nosso corpo e essa descoberta nos surpreende e assusta ao mesmo tempo. Quantas vezes já ouvi em aula a expressão: "Eu entendi a explicação e estou dizendo a meu corpo o que fazer, mas ele não me obedece!" Na verdade, creio que num primeiro momento existe um conflito entre compreender mentalmente as ordens e senti-las em nosso corpo. Vivemos numa estrutura social que oferece pouco espaço para o afeto e menos ainda para cuidar de nossa vida interior. Correndo de um lado para o outro, oferecendo nossa eficiência no trabalho, a atenção para os amigos e afins, cuidando de filhos, familia. Quando chega a hora de cuidar de nós mesmas, o cansaço fala mais alto.
As aulas de dança parecem ser um bom começo para retomar o contato perdido.
Voltamos a ficar curiosas: como será que eu fico numa roupa de dança...como será quando já souber dançar, quando estarei pronta para fazer uma surpresa para alguém? Tantas possibilidades e tantos planos, que vão por água abaixo, depois de apenas três meses de aula!!! Nada que valha a pena, pode ser aprendido em apenas 90 dias, nenhum idioma será dominado em tão pouco tempo. A dança é a linguagem do corpo, se ele não foi treinado para falar, como estará pronto para proferir palestras depois de míseros três meses de preparação?
Dê tempo a si mesma, permita que as mudanças ocorram dentro de um ritmo normal. Nossas emoções não existem apenas em nossa mente mas deixam marcas profundas nos músculos, articulações e em toda nossa estrutura enquanto ser humano. Dançar significa permitir a soltura de nossas tensões, o relaxamento do controle, a abertura para os sentimentos. Por abrir tantas portas dentro de nós é que não é tão fácil assim...Respeitando nossos limites damos espaço para que eles afrouxem, como um elástico novo, que de acordo com o uso, fica mais macio e se alonga sem oferecer resistência. A resistência de nosso corpo está diretamente ligada a necessidade de defesa, todo ataque frontal recebe reação imediata; se minarmos nossas defesas devagar e suavemente, ensinaremos a nosso corpo que vale a pena relaxar.
Poder expressar-se através de uma arte, no nosso caso, a dança, é uma das maiores dádivas que podemos usufruir na vida, falar com nossos olhos, mãos, pés e tronco. Falar sem proferir palavras, falar direto ao coração de quem nos vê! Dando a oportunidade de interpretação ao outro. Afinal nem todos tem a mesma impressão ao ver um quadro e assim será conosco, cada pessoa que assistir a sua dança terá uma impressão diferente, uma mesma música trará diversas nuances, dependendo de quem a ouve.
Depois de seis meses em aula você começa a se sentir mais confortável em sala e descobre que nem tudo é tão difícil assim. Já decifra muitos movimentos e percebe que é questão de tempo executá-los com qualidade, aprende a ouvir o que seu corpo lhe pede e respeita os momentos. Inicia os primeiros passos, em forma de seqüências, deslocando-se no espaço e experimentando esse mundo novo. Desse ponto em diante, parte das ilusões iniciais já se foram, conhece outras pessoas e percebe que suas dificuldades são iguais as delas, algumas até parecem penar mais do que você. Na verdade, seu furor inicial já amainou e tudo é visto com maior clareza."
                                                                               Lulu Sabongi




“Nós dançamos como que para afirmar a vida. E como base de toda dança tem o sentido maior da celebração, a Dança do Ventre é realmente a celebração da vida.”

(texto extraído da contra capa do vídeo didático de Lulu Sabongi – A Arte da Dança do Ventre)
Maryah Nogueira

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Ensaio Aberto com Marcelo Fallahin e Banda

Marcelo Fallahin natural de Belo Horizonte é um músico que se destaca por sua enorme versatilidade atuando como multi-instrumentista, compositor, arranjador e produtor musical. Bacharel em violão, cursou a UFMG, UNESP e UEMG onde se graduou. Compôs um enorme repertório para violão, que incluem peças para violão solo, um concerto para violão e orquestra, orquestra de violões, estudos e dezenas de músicas camerísticas.

Escreveu mais de cem transcrições e arranjos para violão. Como violoncelista, estudou na fundação Clóvis Salgado, na UFMG e na UEMG. Integrou a Orquestra da UFMG de 1994 a 2000 e também a Orquestra Filarmônica Nova de Belo Horizonte. Fundou o Quarteto de Cordas América para o qual escreveu dezenas de arranjos e composições.
Fascinado pela música étnica e microtonalismo, em 1994 começou uma profunda pesquisa na música oriental, principalmente a hindu, árabe e japonesa. Executa o Sitar e a Tambura (Índia), Koto (Japão) e o Oud (árabe). Escreveu e editou dezenas de composições clássicas desses países. Em 1996 fundou o Grupo Pranam de música Hindustani (norte da Índia) que chegou a realizar seu concerto para sitar e orquestra em 1998 com a Orquestra Sinfônica da UFMG.
Em 2005, realizou um antigo sonho de fundar um grupo de música árabe, o Grupo Al Fallahin que se apresentou nos principais palcos de Belo Horizonte,e também outros estados do Brasil.Pouco depois, em 2008 Marcelo Fallahin partiu para carreira solo com seu novo grupo que leva seu nome. O trabalho com diretriz étnica, é especializado em diversos estilos de música oriental de diversos países. A dança é uma característica marcante no seu trabalho que resgata a integração entre as artes. No repertório, músicas próprias e clássicas dos compositores Hani Mehanna, Riad El Sombati, Mokhtar Al Said e a famosa Orquestra El Ferka El Mesaya dos lendários CDs Jalilah’s (Egito), Mohammed Abdul Wahab, Omar Faruk Tekbilek (Turquia), Ziad Rahbani (Líbano), Ravi Shankar (Índia) entre outros. Seus shows são sempre marcados por grande entusiasmo e participação do público, no Brasil e no exterior. Os ouvintes ficam envolvidos com as mais belas e tradicionais composições da música oriental e hipnotizados pelos diversos estilos de dança.
“Música árabe e dança do ventre são piores que dengue. É uma febre. Aqui no Brasil, elas tomaram dimensão incrível. Em BH, há umas 50 escolas de dança do ventre. Ouvi dizer que Manaus tem 14 grupos profissionais de música árabe e em São Paulo está o maior festival de dança do ventre do mundo. Nem o Egito e o Líbano têm mais que isso”, comenta Marcelo.
Há 6 anos Marcelo Fallahin dirige o Circuito Ensaio Aberto de dança Oriental com música ao vivo que acontece mensalmente e reúne renomadas bailarinas de Minas Gerais e do Brasil. Atualmente, Marcelo trabalha na gravação de seu segundo CD, ministra workshops por todo o Brasil de música oriental e realiza regularmente shows com sua orquestra. Mais de 1000 bailarinas e bailarinos já participaram de seus shows, que são sempre marcados por grande entusiasmo e participação do público, no Brasil e no exterior. Os ouvintes sempre ficam envolvidos com as mais belas e tradicionais composições da música oriental e hipnotizados pelos diversos estilos de dança.
            Para maiores informações sobre o evento ou contato para shows:
                                     marcelofallahin@hotmail.com
                               http://www.myspace.com/marcelofallahin

Abaixo, algumas das muitas bailarinas (e bailarinos também) que já participaram deste evento:









 

     

  

 
                                                                                                                                                                                      
                                                

                                              

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Shimmie a  mais nova revista com conteúdo dirigido ao público envolvido com a Dança do Ventre.
Lançada em 26 de Setembro de 2010 a revista Shimie é a revista mais completa sobre dança árabe.
A cada edição, você encontrará entrevistas inéditas, com personalidades do meio da Dança do Ventre.
Além da matéria de capa e uma entrevista exclusiva, as seguintes colunas: Beleza,Dança,Saúde,Música e Variedades.A Revista Shimmie trouxe inovação editorial e uma nova abordagem em Dança do Ventre,
Para comemorar 1 ano de revista ,os organizadores resolveram então lançar o Festival Nacional.Houve  as seletivas regionais onde dançarinase grupos de todo o Brasil puderm se inscrever e participar do corcurso de e mostra de dança,nós estávamos lá e foi uma experiência e prendizado muio válido.O evento foi marcado pelas presenças de  Farida Fahmy Lulu Sabongi, Kahina, Tarik e Aziza,que estiveram na banca julgadora e ministrarm workshops.O evento proporcionou aos presentes o Espetáculo Dançando com o Tempo com organização e produção de Esmeralda Colabone. A idéia do espetáculo foi contar a história da dança do ventre no Brasil ao passar dos anos. Falaram das primeiras aulas de dança, do início das festas árabes, da novela “O Clone”, da fusão da dança do ventre com outros ritmos, da volta do estilo folclórico para os palcos,muito interessante.

Confira uma pequena amostra dos melhores momentos:






       




 






sexta-feira, 6 de janeiro de 2012