Diva do Mês
De Olhar marcante e expressivo, dança suave, delicada e graciosa
Coom vocêss...
Nesrine
Carreira:
Formação
Em dança do ventre: Professora Gracy Rojas 1994-2001;
Professora Sharar Badri 2002-2004; cursos de aperfeiçoamento no Egito com
professores egípcios como Randa Kamel, Dina, Mahmud Reda, Ainda Nur, entre
outros em 2005 e 2007; cursos de aperfeiçoamento no Brasil com Lulu Sabongi e
Dr. Gamal Seif (Egípcio) anualmente desde 2007.
Em outras danças: Ballet Clássico: Escola Rubene Ballet,
1996 – em curso; Bharathanatyan – Dança Clássica Indiana: Núcleo Prema, 2008 -
2009.
Experiências profissionais
Como bailarina: A partir de 1998 participa de festas,
eventos e shows; desde 2003 faz parte do grupo de bailarinas da casa de chá
egípcia Khan el Khalili, sendo que em 2005 passa à qualificação de Bailarina de
Noites no Harém, principal grupo de bailarinas da casa; em 2009 passa a
integrar o grupo de bailarinas do bar Árabe Alibabar.
Como professora: a partir de 1998 passa a ministrar aulas
particulares, cursos intensivos e workshops de temas variados; ensina dança do
ventre desde 2000 na Escola Rubene Ballet; desde 2007 faz parte do grupo de
professoras da escola de dança Shangrilá House – Lulu Sabongi; a partir de 2009
passa a lecionar na Escola de Dança Elis Pinheiro Estúdio de Dança do Ventre.
Entrevista com a Diva
1- EA : Como e quando você começou a dançar ? O que te levou a escolher Dança do Ventre?
NR: Desde criança gostava muito de dançar. Me sentia muito bem. Iniciei meus
estudos em dança do ventre em 1994 com a professora Gracy Rojas. Fui para aula
a convite da minha mãe que gostaria de fazer uma aula experimental e queria
companhia. Nessa primeira aula, já percebi que era uma modalidade de dança que
me agradava muito e que eu já tinha uma certa identificação e facilidade com
ela. Essa facilidade inicial com certeza foi uma das coisas que me motivou a
continuar.Me lembro que não faltava a nenhuma aula e achava cada movimento
mágico. Logo me encantei com os
movimentos charmosos, com as músicas empolgantes e com o ar místico que naquela
época conferíamos a essa dança e então, nunca mais parei.
2 - EA Já pensou em
desistir?
NR: Algumas vezes.
Primeiro por causa de um certo preconceito que por vezes notei nas pessoas ao
expressar minha vontade em ser bailarina. Depois pelas dificuldades da
profissão (apesar de muitas pessoas acharem que é uma profissão fácil, pois só
precisamos dançar...rsrsrs). No decorrer da minha carreira,enfrentei
dificuldades como aceitação do meu estilo, altos e baixos do mercado, que é natural
em todas as profissões, entre outros. Mas descobri que, muitas vezes, essa
reflexão sobre desistir não passava de uma crise. Descobri também, conversando
com grandes bailarinas já muito bem estabelecidas no mercado, que elas também
passavam por crises e que isso passa... Hoje, chego a achar que essas crises
servem para nos revelar muitas coisas sobre nós mesmas e sobre nossa relação
com essa arte. Então, quando a crise vem, reflito muito profundamente, deixo as
coisas negativas para trás e sigo em frente.
3- EA: Quais as diferenças
que a Dança trouxe para sua vida?
NR: Muitas diferenças.
Acredito que todas para melhor. No meio da dança conheci grandes mulheres que
me inspiraram eque me serviram de exemplo para construir o que sou hoje tanto profissional
como pessoalmente. A dança me trouxe um olhar mais livre e alegre da vida.
Percebo em mim e em outras mulheres que dançam que somos mais seguras, temos
mais consciência do nosso corpo e aprendemos a ser generosas com nossos
limites. A dança nos trás a tranquilidade de saber que somos capazes de ser
feliz do jeito que escolhermos.
4- EA: A Dança do Ventre
sempre foi sua profissão, ou você teve outras antes dela? Como foi esta
transição?
NR: Me formei em Farmácia industrial em 2005. Trabalhei na área por uns 5
anos entre estágios e efetivos. Na última empresa que trabalhei tinha uma
admirável supervisora, Erika, extremamente profissional e apaixonada pelo seu
trabalho. Nosso contato próximo me fez refletir e enxergar que eu não era
apaixonada pelo que eu fazia. Comecei a pensar então sobre o que me fazia feliz
e lá estava a dança, que me acompanhava há anos e que já havia me proporcionado
tantas coisas boas. Logo, pensei em largar tudo e voltar a ser exclusivamente
bailarina.E foi o que eu fiz. Pedi demissão e voltei para o mercado da dança
que me recebeu muito bem. Com todas as dificuldades, claro, mas quando amamos o
que fazemos, as dificuldades se tornam grandes desafios.
5- EA : Se você pudesse
definir a Dança do Ventre em uma frase seria?
NR: A dança do ventre é um caminho para a felicidade, realização plena e
evolução.
A dança do ventre é a dança do feminino que recria aspectos da nossa
vida e nos ajuda a evoluir.
6- EA: Quando você tomou a
decisão de ministrar aulas? Quais são suas maiores alegrias ao ensinar?
NR:Em 1998, fui convidada para dar aulas na escola onde aprendia Ballet
clássico. Iniciei minhas aulas com uma turma de quatro meninas. Lá descobri a
grande magia de ensinar e,até hoje, sinto claramente essa magia. O que mais me
emociona é ver o florescer das mulheres que começam a estudar essa dança.
Alguma coisa dentro de cada uma muda para melhor e elas passam a se respeitarem
mais e ao outro, a se gostarem mais, descobrem que a beleza é da natureza do
feminino e que podemos ser belas e felizes em qualquer idade e sob qualquer
limitação. Passam a cuidar mais da saúde, conhecem muitas outras mulheres com
quem passam a conversar e se relacionar (prática que nos faz um bem danado).
7- EA: Como é fazer parte da
casa de chá egípcia Khan el Khalili?
NR: É um sonho. A Khan el Khalili é o lugar de sonho para uma bailarina.
Começa pelo ambiente que é todo decorado e nos lembra muito o Egito. Depois,
somos muito protegidas por um ambiente familiar e aconchegante. Isso passa um respeito
muito grande para o público que nos assiste. Os shows são cuidadosamente
planejados para transformá-lo num momento inesquecível para o público: as
luzes, a música, nossa direção... E, por
muitas vezes, nos deparamos trabalhando com pessoas que admiramos e que são
nossos ídolos! É sem dúvida muita emoção.
8 - EA: O que você considera
mais importante na Dança? Técnica, emoção? O que uma bailarina precisa ter em
mente na hora da apresentação?
NR: A sabedoria do equilíbrio. Primeiro precisamos da emoção. A emoção da
bailarina é o que vai comandar a emoção do público durante o show. Depois, não
menos importante, uma boa técnica.
Uma bailarina técnica sem emoção não nos encanta e uma bailarina com
muita emoção e sem técnica não nos convence.
Busque os dois, por toda a vida. A estagnação é um dos nossos principais
monstros.
Na hora da apresentação a bailarina não deve ter nada em mente. Ela deve
se entregar. O corpo nessa hora não deve precisar de atenção, pois ele já deve
estar muito treinado para executar tudo o que a bailarina precisar.
9- EA Algum conselho para
quem esta começando agora?
NR: Precisamos estudar muito, pois trata-se de uma outra cultura. Temos que
nos rechear de boa informação, treinar nosso corpo e nos mantermos ativas
sempre.
Estudem muito, mas acreditem sempre em você. Todas as grandes dançarinas
são donas de uma personalidade inconfundível.
Encantadora...
Nesrine, Malak e Kahina
Leve linda e elegante
Não há dúvidas!!! Por tudo isso ela é uma Diva.
De sua admiradora
Jéssica Assis
Saiba maiis...
Site: http://www.nesrine.com.br/
Canal do Youtube: Clique aqui...
Facebook: Nesrine Bellydance
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