terça-feira, 3 de maio de 2011

Compartilhando....



(Maryah Nogueira)


Os pessimistas

Certa vez, um poderoso rei, para comemorar o aniversário de seu amado filho, resolveu fazer uma grande festa para todos os seus súditos. 
 Entre as muitas atrações do evento, havia um desafio que a todos interessou: era "a escalada ao poste". 
 No alto de um gigantesco mastro havia uma cesta repleta de ouro e de comida. 
 Aquele que conseguisse alcançar o topo daquele poste poderia se deliciar com a comida e pegar para si todo o ouro. 
 Muitos dos que estavam presentes, pretendiam participar daquele desafio. 
Quando o rei autorizou, foi dado início à prova. 
 O primeiro a participar foi um rapaz alto e forte. 
 Ele tomou uma distância curtíssima e começou a subir no poste. 
 Não chegara nem à metade, quando, cansado e irritado, desistiu. 
Enquanto descia, dizia que o poste era alto demais e que não havia nenhuma possibilidade de que alguém alcançasse o prêmio. 
 Blasfemava baixinho para que seus queixumes não fossem ouvidos pelo rei, mas sugeriu àqueles que se aproximavam dele que não tentassem, a fim de que o rei se visse obrigado a diminuir o tamanho do mastro. 
 Alguns súditos, influenciados pelas palavras do jovem, sentiram-se decepcionados com o rei e foram embora cabisbaixos e choramingando. 
 Outros proferiram contra o rei palavras de desapontamento. 
 De repente, porém, do meio da multidão surgiu um garotinho muito magro e de aparência franzina. 
 Tomou distância, aproveitando o tumulto criado pelo jovem rapaz que o antecedera, e, correndo como o vento, iniciou sua subida no mastro. 
 Na primeira tentativa não teve êxito. 
 Quando se preparava para tentar novamente, as pessoas ao redor gritavam: "Desista! Desista!" 
 Mesmo assim ele persistiu. Parecia mais convicto do que da primeira vez. Afastou-se e, com energia, agarrava-se ao mastro, ganhando altura com muito empenho. 
 Minutos depois, após ter realizado indescritível esforço, o garoto, diante do olhar admirado de todos, atingiu o topo e a cesta repleta de ouro e comida. 
 Alguns o aplaudiram; outros, incrédulos, comentavam a proeza. 
 O rei, admirado pela determinação do vencedor, imediatamente foi procurar o pai do garoto para buscar uma explicação sobre o ocorrido. 
 "Meu senhor, como pôde esse menino, tão pequeno e fraco, alcançar um objetivo tão difícil, enquanto todos o instigavam a desistir?" - questionou curioso o soberano. 
 Sorrindo, com o filho nos braços, o pai esclareceu: "duas coisas motivaram o meu filho a agir da forma como agiu: a primeira é a fome, porque há dias o pobre não come nada. E a segunda é porque ele é surdo, e não ouviu nenhuma das palavras desencorajadoras que lhe foram dirigidas." 

*** 
 Muitas são as razões que podem nos motivar a buscar nossos objetivos. 
 Algumas delas são nobres e dignas, outras emergenciais e até mesmo casuais. 
 Em verdade, o mais importante é que tenhamos metas definidas e firme disposição para persistir sempre. 
 Distinguir as palavras de orientação das palavras de desestímulo nem sempre é tarefa fácil. 
 Usemos, portanto, o bom senso e o discernimento para saber insistir no que realmente vale a pena, sem nos deixar acovardar pelos discursos pessimistas.
Jamais desista de seu objetivo, seja ele qual for...
                      ( Jéssica Assis)


Um comentário:

Unknown disse...

Felicíssima por estar de volta. Ana,Meninas amo muito vocês. Bjos,
Faby Mendonça.